terça-feira, 30 de setembro de 2008

quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Conclusão

Minha irmã contando que estava interessada em alguém, mas que tinha um pequeno problema: o alguém era ex de muitos anos de uma amiga.
Enquanto ela contava, tentava convencer nós duas que o problema podia ser menor que pequeno...
"Ah, ela não é assiiiiim, minha amiga. Não tenho nem o celular e o e-mail dela".
Boa! Hoje em dia quem não tá na lista de contatos é só conhecida. Vai em frente!

*

quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Eu, eles, nós

Nunca confio numa casa sem porta-retratos.
Me sinto num triste lugar de ninguém, sem alma, sem cara, sem direito autoral.

Só aceito uma decoração sem eles em foto de revista ou no máximo na Casa Cor. Espaços que são pra ver, mas não pra viver.

Por isso, a minha é cheia deles. É nos porta-retratos que homenageio meus maiores amores, mantenho sempre presente o passado, vejo minha filha hoje e me enxergo ontem.

Histórias felizes para contar e olhar todos os dias, sorrisos emoldurados, abraços intermináveis e olhos que nunca mais perdem seu brilho. É isso o que eu quero sempre perto de mim.

terça-feira, 23 de setembro de 2008

Depois a louca sou eu

- Alô.
- Oi. O gato se foi.
- Jura? Terminaram?
- Não, guria. O outro gato.
- Tinha outro no meio???
- Nãããããão, em cima.
- Dando em cima de ti? Quem?? Me conta!
- Sua louca, não posso falar.
- Então porque tu me ligou?
- Só queria te contar.
- Contar o que, sua maluca?
- Que o gato se jogou do telhado. Beijo.

*

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Vamos nos encontrar uma hora dessas?

Almocinho casual com as amigas. Euforia e mil sugestões pra escolher o restaurante. Todas concordam, a gente merece (sempre falamos isso pra justifcar alguma extravagância). Tem que ser um lugar bacana e de preferência caro. As solteiras querem “grupo de convívio”, então nem pensar uma opção aconchegante e discreta, muito menos japa, que eu odeio e as amigas me respeitam.

Escolhido o restaurante, pra definir a mesa e quem senta onde nem é preciso negociar, basta a gente se olhar. É óbvio. Casadas de frente pras solteiras. Solteiras de frente pro “grupo de convívio”.

A conversa começa no estacionamento. Pra falar a verdade nos emails que trocamos pra combinar o tal almoço. Acho que até antes, quando falamos em almoçar juntas qualquer dia desses, mais exatamente, naquela manhã.

O garçom se aproxima uma vez, duas, três, nem sei quantas. Na primeira a gente ainda é educadinha, sorrimos, pegamos o cardápio, um pause nas línguas e pedimos uns minutinhos até escolhermos os pratos. Pra facilitar, Coca Zero pra todas, assim não perdemos tempo. Prefiro nem explicar que a minha é sem limão e sem gelo. Vai vir errado mesmo.

Logo depois dos sorrisos, nenhuma de nós enxerga mais o “moço”. Nem que ele subisse na mesa ia conseguir fazer o pedido. Continuamos falando loucamente, segurando os cardápios, talvez até de cabeça pra baixo. Nem pensar em dar outro pause. Dali em diante só forward que ainda temos muita coisa pra falar.

A gente acredita, mesmo, que ninguém vai notar que o assunto é sacanagem quando de repente inclinamos nossos corpinhos pra frente, baixamos abruptamente o volume da voz e depois nos jogamos pra trás na cadeira dando risadas cafajestes. Não, ninguém vai notar. Principalmente porque nenhuma fez gestos universais. Não, claro que não. A gente lembrava que tava num, num... restaurante.

Uma de nós (claro, não eu) se dá conta que a gente foi lá pra almoçar. Depois de meia hora segurando os cardápios, nos dirigimos ao buffet. Aliás, escolhemos aquele lugar justamente por causa do buffet famoso e delicioso. E eu, que detesto salada, mas não sou boba, entro na fila junto com as minhas amigas, nem que seja pra pegar uma azeitona e um ovinho de codorna. Imagina esperar elas na mesa e perder alguma história. Com a velocidade das conversas elas não vão nem lembrar o que falavam enquanto eu fazia pouco caso dos verdes, muito menos vão querer repetir tudo pra mim. Adoro azeitona!

Voltamos, falando, servimos o prato quente, falando, a sobremesa, falando, pedimos o café, falando, a conta... Nem sei o que eu comi, e se comi. Mas lembro que passei por todas as etapas de um almocinho casual. Posso até ter comido um brócoli e nem vi.

As criaturas do "grupo de convívio" (denominação nossa para vida social) deviam se perguntar: mas que tanto elas falam? De tudo. Tudo mesmo. Falamos mal, muito mal diga-se de passagem, de um monte de gente, da conhecida brega, mas infelizmente gostosa, dos filhos que já temos e dos que ainda virão, de silicone, decoração, maquiagem, cremes, perfumes e afins, tendências do verão, dinheiro e a falta de mais dinheiro, viagens, trabalho, falta de tempo, regime, terapia, marido, ex-marido, case, prospect, depilação, cinema, empregada, receita de pudim de leite (o profi, furadinho e que desmancha na boca), o que vamos fazer no ano novo, sexo, amor, sexo de novo, lingerie e nem sei mais o que, porque perdi algumas conversas paralelas.

Depois do almoço e de umas duas Neosaldinas pra cada uma, voltamos a trocar emails pra combinar de sair pra jantar uma noite dessas. “Combinado! Até à noite então!” Isso mesmo, a noite do dia do almoço. Afinal, a gente precisava se encontrar pra botar o papo em dia. E pra facilitar, Patricia bem gelada pra todas, assim não perdemos tempo.

domingo, 21 de setembro de 2008

Deve ser a pilha


O chuveiro esfriou, deve ser a pilha.
A boneca quebrou, deve ser a pilha.
O colar arrebentou, deve ser a pilha.
A janela emperrou, deve ser a pilha.
A pintura esfolou, deve ser a pilha.
O microondas apagou, deve ser a pilha.
O filtro da água secou, deve ser a pilha.
O gás acabou, deve ser a pilha.

Eu ia ser tão mais feliz se tudo que acontece na minha casa
dependesse só de mim pra trocar a pilha.

*

terça-feira, 16 de setembro de 2008

80´s love

Ouvir essa música me deixa num estado absurdo de alegria.
Adoro a edição, o figurino e a coreografia com passinhos ao estilo Flashdance.
Uma pérola que hoje lembrei que me fazia um bem danado.

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

Esse é o nome mais lindo pra mim, o mais alegre, o mais saltitante, o mais doce.

Sempre imaginei esse dia, quando ela daria sua própria forma pro nome que eu escolhi. E sempre disse que se um dia fizesse uma tatuagem, seria exatamente essa. O nome dela, escrito por ela assim que aprendesse, porque nenhuma outra marca no meu corpo seria capaz de fazer sentido até o fim da minha vida.

Pensei na parte interna no pulso, algo delicado. Um lugar pouco visível a outros olhos, mas ao alcance dos meus. E se eu ainda tiver mais um amor como esse, posso tatuar o nome dele no outro pulso, porque amor de mãe não faz diferença entre seus filhos.

Esse dia chegou e agora morro de medo da dor. Mas que fique bem claro, minha filha, que esse pedacinho de papel digitalizado tem o mesmo significado pra mim. E caso eu tome coragem, vamos fazer uma combinação desde já. Se um dia vier um irmãzinho ou uma irmãzinha, escolheremos juntas um nome mais curtinho que o teu, tipo Ana, Tom... Estamos combinadas?

Nada que ultrapasse a média

Até onde sei, tenho capacidade de discernir o alinhado do torto, o compreensível do sem desculpa e o risco calculado da roubada anunciada. Não sou a razão em pessoa, nem santa, mas também não sou uma louca transgressora. Sou uma certinha mediana, que um dia até soube decor e salteado os 10 mandamentos.

Nessas alturas da vida só lembro de três: não matar, não roubar e não desejar a mulher do próximo. Ih, já subverti todos eles. Já matei vários leões por dia, já roubei da minha filha jogando memória e não só desejei o homem da próxima como fiz coisas bem piores. Pela lógica, se eu não cometi as outras sete infrações, cheguei bem perto. Se tivesse pontuação no RG acho que eu já perdido o meu.

Mas como nem tudo tem lógica... posso ter me saído bem e ser mesmo uma certinha mediana, dessas que leva uma multa aqui, outra ali, mas continua abanando as tranças por aí sem cometer grandes atrocidades.

domingo, 14 de setembro de 2008

Pendência: que está pendente, ainda não terminou

Isso é o que diz o dicionário. Pra mim, é perrengue, pendurado, pé no saco, pedra no sapato.

É, eu tenho um sério problema com pendências. Odeio, detesto, tenho pavor, me irrito e posso até ficar mal. Não que eu conheça alguém que verbalizou que ama uma pendência na vida, mas conheço muitas pessoas que convivem bem com elas, adoram somar novas e multiplicar velhas. Difícil de entender. Gente pendente me agonia. Por isso, não satisfeita com as minhas, muitas vezes me incomodo com as pendências dos outros também. Fico louca pra montar um follow up, um plano de ação, um cronograma e dar uma coordenadinha.

Todos os tipos de pendência me incomodam, desde as mais inofensivas até as mais cabeludas. Tenho a sensação que pendência não deixa ninguém ir adiante de verdade. Parece cadeira pré-requisito na faculdade, não adianta fingir que ela não existe e deixar pra depois, uma hora vai trancar tudo que vem pela frente.

Me incomodo quando não consigo fazer as unhas, quando me enrolo pra começar a ler um livro que já comprei, quando esqueço de comprar o presente do colega de Escola da minha filha, quando ouço a empregada repetindo que falta alvejante, quando preciso retomar o inglês e não faço nada, quando não priorizo o necessário, quando não tenho coragem de agir sobre uma decisão que já tomei... quando isso, quando aquilo. A lista é interminável e como é de pendências, é uma lista negra.

E quando elas não dependem só de mim? Ah, aí babaus follow up, plano de ação, cronograma... só com alguma técnica de respiração e imaginando anjos tocando arpa na minha volta pra me manter serena e poliana.

Mas eu não dou mole. Se eu não deixo claro quem é que manda (pelo menos pras que dependem só de mim), elas se procriam enquanto eu durmo. E mesmo sendo dura assim, pra cada uma que eu mato, nascem dez. Tem que ficar de olho, ter disciplina e ir riscando elas como dá.

E pra as que eu não dei atenção quando devia e deixei entrarem pro grupo das mais cabeludas, uma hora elas vão terminar. Afinal, o dicionário disse que se é pendência, é porque AINDA não terminou. Então é só uma questão de tempo.

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Vontade não é pecado

A gordinha sabe que não dá pra ter tudo na vida, que não pode mais continuar assim e que se não tiver força de vontade pra virar a mesa, as coisas não vão mudar. Como diz uma amiga minha e da gordinha, “pra viver o diferente, tem que fazer diferente” - frase de auto-ajuda que nossa amiga lançou não por acaso durante nosso almoço.

Sim, sim, a gordinha tem consciência da situação, sabe o que tem que fazer e como, mas ainda dorme e acorda com o pecado da gula na cabeça. Humm, entendo a gordinha.
* Pecado da Gula: “...desejo desordenado pelo prazer com a comida. A intoxicação injustificada é uma completa perda da razão”.

E é aí que mora o perigo. A gordinha tenta se focar na dieta, mas quando se perde e se descontrola, tem vontade de comer o que deixou pra trás e o que vai ter que deixar pela frente. Mas ela tenta se conter e devora moderadamente, se é que isso é possível.

Mas a gordinha também acredita que um dia vai conseguir trocar o pecado da gula por outro pecado qualquer. Enquanto isso, ela se conforta numa frase de auto-consolo dita por outra amiga pra diminuir sua culpa... “Aproveite o momento. Lembre-se das mulheres do Titanic que tinham acabado de recusar a sobremesa”.

terça-feira, 9 de setembro de 2008

Motel Multimídia

Para variar fiz as unhas e sai correndo, com as mãos estaqueadas tentando controlar meus gestos estabanados. Botei a chave na ignição com jeitinho e segui com óleo secante engordurando a direção. Arrisquei no máximo ligar o rádio e nem ousei ficar pipocando atrás de uma música bacana. Liguei e fiquei ali, onde já ele tava sintonizado.

Foi quando ouvi um spot de um antigo motel da cidade vendendo seu mais novo diferencial... “E agora com internet wireless para o seu conforto”. Conforto? Pra que diabos alguém quer se sentir confortavelmente online num motel?

Ou o proprietário não sabe mais como reinventar seu negócio, ou sou desinformada e isso já existe há tempo ou sou muito criativa num motel, porque não vi o menor sentido no novo apelo comercial do estabelecimento. Por via das dúvidas, fiquei tentando imaginar algumas situações que justificassem a conexão.

- No maior aquece a garota lembra que esqueceu de programar no home banking o pagamento das contas que vencem naquele dia. Um só diazinho de atraso e lá se vai 10% de multa.

- O cara resolve experimentar o famoso remedinho azul. Só não sabia que o efeito leva algumas horas. E como "time is money" e ele ta pagando a pernoite, melhor botar em dia a caixa de entrada lotada e zerar aquele monte de email enquanto a brincadeira não começa.

- Aniversário do ex, ela e o novo amante combinaram uma sexy rave a dois no motel (daquelas que atravessam dias). Vai parecer que é recalque não mandar um parabenzinho pelo Orkut. Entre um rala e rola e outro, mandar as felicitações e aproveitar pra dar uma conferida rápida nos scraps do dia não vai fazer mal a ninguém.

- A filha foi morar no exterior e elas religiosamente se dão um "hello" todos os dias. Entre estudar e lavar pratos, a menina tem 1 hora. E pelo fuso horário a hora é justo aquela. Se a mãe não der uma entradinha no MSN a filha pode achar que aconteceu algo grave.

- O casal que transa só em ocasiões especiais foi comemorar o aniversário de casamento. Eles querem novidade, mas a falta de prática deixou eles bloqueados. O Google pode ser uma boa saída. É só buscar por “kamasutra” que vai aparecer de tudo. Até o passo a passo das 28 posições com animações 3D em Flash pra não errar!

Nada disso! Eu que não tenho visão estratégica! Hoje mesmo tava discutindo numa reunião da agência a Estratégia do Oceano Azul, livro de W. Chan Kim . Claro, o tal motel quer buscar oportunidades de negócio criando novas demandas e nichos de mercado!! Hummm... agora faz sentido a internet nos quartos.

No meio da loucura das organizações deve ter muita gente procurando um lugar tranqüilo pra trabalhar, limpar a pauta e aumentar sua produtividade. Quer lugar melhor?

Daqui a pouco os motéis por aí já vão investir até em modernos equipamentos de vídeo conference. Porque na era digital não importa onde (e com quem) a gente tá. Vai por mim!

segunda-feira, 8 de setembro de 2008

Eu também te amo!

Volta das férias na Escolinha da minha filha.
Ainda bem que no maternal quem decide quando ela sai de férias, sou eu.
Assim ainda posso programar as minhas.
É uma troca de vivências que dá gosto.
Uns vão pra serra, outros pra praia, pro campo e alguns vão mais longe.
Cada um tem uma história pra contar e algo novo pra ensinar...
- Mãe, a Cecília foi pra França.
- Que legal, minha filha! E aí, o que ela contou?
- Ela disse que lá todo mundo fala diferente e ela me ensinou a falar francês.
- Ah, então fala!
Eu já achando que vinha aquela piadinha... "francês"!
- É assim, mãe... A lovi iu!

*

domingo, 7 de setembro de 2008

Se o meu carro falasse

De uns tempos pra cá quem mais conhece minhas emoções é o meu carro. Invariavelmente entro nele e ligo o som. Sim, porque emoção que se preze tem trilha sonora.

Sozinha, naquela penumbrinha do insulfilm, vidros fechados e ar ligado no quentinho ou no geladinho, sentada confortavelmente, com um espelho por perto pra eu conferir minha dramaturgia e um som bem alto... ah, nele eu encontro tudo que preciso pra me soltar sem constrangimento, com a mais pura verdade do meu momento.

Já chorei muitas vezes lá dentro, lágrimas daquelas que simplesmente correm olho abaixo, lágrimas que pulam freneticamente pra tudo que é lado, lágrimas quase secas que viram soluços com som de ã-ã-ã-ã-ã. Chorei de tão cansada e esgotada, chorei de triste, chorei de saudade, chorei de raiva, chorei por me sentir perdida, chorei por me sentir pressionada, chorei, chorei, chorei. Muitas vezes já fiz trajetos bem maiores do que eu precisava pra dar tempo de chorar tudo que eu tinha vontade.

Mas também já gastei mais gasolina pra rir, pra gritar de alegria, pra sentir o vento forte nos meus cabelos, pra prestar atenção nas luzes da cidade ou no céu azul e embalar minha felicidade, que às vezes não cabe dentro do peito, com o som no volume máximo (um máximo que me permita entender que música eu tô ouvindo, porque até hoje não coordeno aqueles botões complexos de equalizar e vivo desregulando tudo).

Se é pra chorar, eu ouço, introjeto cada dó-ré-mi da música e soooooooofro. Se é pra rir eu canto, ou melhor, eu berro. Sigo o ritmo e não necessariamente domino a letra, mas eu disfarço e ainda tento dançar da cintura pra cima. Eu não percebo, mas o carro deve se sacudir todo. E claro, minha boca que já não é pequena rasga um sorriso absurdo. E pra completar, dou gritos batendo na direção de tão doida, de tão feliz. Uma lady.

Fico pensando nos pobres seres que param ao meu lado na sinaleira. Ainda bem que só param estranhos (isso é o que acho e prefiro continuar achando pra manifestar minhas emoções sem restrições). Nem quero pensar que já parou alguém conhecido ao meu lado e assistiu minhas performances de camarote. A minha platéia é o retrovisor e assim quero que seja.

Tá bom. Preciso confessar que já me pegaram na tampinha sim. Dias complicados, sentimentos a flor da pele. Tava lá eu. Eu e ele, o meu carro. Estacionei num posto que nem costumo ir, justamente pra não correr o risco de encontrar alguém. As últimas lágrimas pingando antes que eu descesse, quando ouvi um “Crisssssssss” do carro do lado. Congelei e pensei, ai meu santinho, ferrou, vou ter que fazer cara de “Oiiiiiiiii, que bom te encontrar! Que nada, eu chorando? Imagina”. Ufa! Era minha amiga-irmã, praticamente minha Vigilante do Choro. Acabamos morrendo de rir do flagra.

Mas aquela foi uma avulsa coincidência, porque aquele momento é só meu, muito meu, mais meu do que qualquer outro do dia ou da noite. Meu carro é a minha bolha móvel. Afinal, fora dele quase nunca estou sozinha de fato pra poder extravasar como um ser praticamente irracional que não controla suas emoções. Não se preocupe, nunca atropelei ninguém. Mesmo com a cérebro mole e emocionado eu sempre chego aos destinos sã e salva, assim como todos que cruzaram comigo no caminho. E melhor, mais equilibrada!

É. Meu carro não fala. Mas é como se cantasse pra mim...
“And darling, darling stand by me.
Oh, now, now, stand by me
Stand by me, stand by me…”