terça-feira, 6 de janeiro de 2009

Perolês do Cristinês

Quem já trabalhou ou trabalha diretamente comigo aprende muito. Muito a rir. A diversão é garantida. Sob pressão então, eu sou melhor ainda. Desculpem a modéstia, mas faço falta quando saio de férias.

Adoro criar expressões didáticas, que ajudam no processo de trabalho, explicam uma situação ou uma opinião. Todo mundo me entende, vira vocabulário das "internas" e nunca mais alguém esquece.

Até hoje colegas veteranos da época em que eu era uma humilde estagiária me encontram e dizem "e aí yeah-yeah?" Naquele tempo, com 20 anos a menos, era assim que eu sempre comentava algo que tinha achado muito bom. "Poxa, essa campanha ficou muito yeah-yeah!!!" Socorro! De onde eu tirei isso? Deve ser porque eu gostava do Roxette.

Também não é de hoje que eu desmarco um compromisso e ninguém duvida que a coisa tá feia pro meu lado. "Não vou poder sair pro almoço, o cenourão tá pegando".

E pra disfarçar que não entendi absolutamente nada ou simplesmente não sei o que responder, mando o famoso "Oi?". Esse então ecoa entre o grupo.

Mas como se começa um briefing? "Primeiro vomita tudo que tu tem de informação e a partir daí vai organizando o raciocínio". Funciona. A turma jovem adotou esse meu método e concorda que inibe o bloqueio.

E pra encurtar caminho e otimizar uma reunião operacional, "vai roendo o que te passei e aí a gente conversa".

Pior (ou melhor) quando eu me arrisco a aplicar um ditado que considero pertinente ao momento. Quem me conhece bem, sabe que eu não sei nenhum mesmo, o que faço é uma adaptação.

"Ó, cavalo dado não se escova os dentes". Sempre achei que fazia mais sentido e ninguém vai reclamar do que deleguei.

E quando eu e o diretor de uma grande conta que atendi tínhamos o desafio de descobrir como chegar em determinada informação, resumi nosso acordo. "Bem, vamos juntos tentar achar o caminho das trevas". Silêncio. "Cris, não seria o caminho das pedras?" Só depois ele me deu razão, porque o tal caminho foi bem mais árduo do que ele imaginou.

E assim eu vou. Vou virar um dicionário de dialetos, isso sim.

3 comentários:

Anônimo disse...

cris, eu te amo. a gargalhada ecoou lá do fundo do meu ser.

Anônimo disse...

criiiss cici!
que saudades que tenho de ti e das tuas maluquices...o "Oi?" é uma das palavras que mais falo no meu dia...adotei total!!
te adoro!

Gislaine Marques disse...

Guria, te achei lá na Magali. Como é que tu me lê, mas não divulga o teu blog? Vou linkar lá na Caixa de Gis. Adorei tudo o que li até agora, principalmente os diálogos com tua filhota. Olha só, por cultura geral, a expressão "cavalo dado não se olha os dentes" é pq é pelos dentes que se sabe a idade do cavalo. rsrs Beijos e aparece lá na minha Caixinha sempre que der!