segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Obrigada!!!

Verão chegando e na pauta de todas as revistas femininas estão os regimes relâmpagos, as dicas mais quentes e milagrosas para ter uma boa forma, o desejo de emagrecer e poder mostrar ao mundo um corpinho mais sequinho e abusar por aí.

Pauta essa que felizmente ou infelizmente não me diz nada. Nunca foi gordinha, muito menos gorda, quem dirá obesa. No máximo mais magra ou menos magra. Nenhuma novidade pra quem me conhece há pelo menos 2 verões, nenhuma novidade pra minha família que me acompanha há 36 anos, nenhuma novidade pra mim.

Nunca me imaginei diferente, nunca me conheci de outro jeito, a não ser quando tive uma barriga gigante (e linda!) na minha gravidez. Excesso de peso concentrado na pança e que perdi completamente em menos de 10 dias depois do parto.

Acho que em muitas situações é bom ser magra, pra falar a verdade, em quase todas. É claro que várias vezes já quis ser bunduda, peituda, quadriuzida, mas nunca gorda, só gostosa localizada. Mas apesar de ser uma velha e autêntica magrela, tipo pau que nasce torto, morre torto, invariavelmente encontro alguém que me diz algo na linha do “oiiii, nossa, como tu tá magra!”.

Respira fundo. Hummmmmmmmm. Pois é, pra quem não sabe, isso me irrita profundamente. E pra quem sabe e por isso mesmo fala, agora tá aqui, registrado.

- Profundamente porque se emagreci foi algo em torno de 500g, talvez um décimo do quem disse pretende emagrecer (claro, uma magrinha nunca comenta que estou mais ou menos magra).

- Profundamente porque jamais encontro alguém e digo “oiiii, nossa, como tu ta gorda!”. Logo, é mais elegante pensar do que comentar.

- Profundamente porque quem diz isso nunca é alguém que tenha intimidade comigo. É papo de evento, de encontro casual, de quem não sabe o que falar.

- Profundamente porque fico sem graça e não sei o que dizer, não entendo a intenção do comentário, não sei se concordo, se discordo, se confesso que faz no mínimo uns 6 meses que não vejo uma balança e dou uma humilhadinha, se me faço de coitada e digo que é stress, se mudo de assunto. É um saco. Por favor, me economize dessa saia justa, que não vai fazer você emagrecer, nem eu engordar.

- Profundamente porque sempre, sem exceção, essa é uma observação tipicamente feminina. Os homens nunca comentam isso, não diretamente comigo. Ou porque acham que estou ótima assim ou porque estão se lixando pro meu peso e estão ligados em outro defeito ou virtude que eu tenha.

- Profundamente porque se minha mãe não tem comentado que eu tô mais magra, é porque eu tô super bem. Ela é a única pessoa que controla mesmo de longe se eu ando comendo mal ou mais mal ainda e vai ser a primeira a puxar a minha orelha se houver necessidade.

E me irrito mais profundamente porque até hoje, apesar de conviver a vida inteira com comentários como esse, ainda fico sem saber o que responder. Mas ainda vou seguir o conselho de um super amigo meu que se irrita como eu só de estar ao meu lado quando alguém fala isso. É muito simples. É só responder “obrigaaaaaaaada!!!”. Pelo menos essa nunca mais vai dizer que eu tô mais magra pra tentar nos iludir que é ruim ser assim.

Um comentário:

Anônimo disse...

nosssssa, como tu tá magra e linda!
:P
amiga, te amo.

(e tira essa porra de verificação de palavras daqui. tua guru de blog tá pedindo!)