sexta-feira, 24 de abril de 2009

Boca lôca

Essa sou eu, a tarada do beijo. Calma.

Sou uma voz e um texto que beija todo mundo, sem distinção, sem controle, sem noção.  Não consigo encerrar um email e desligar um telefonema sem mandar beijo, seja lá pra quem for.

É automático, sai, vai. Eu nem me dou conta. Preciso me concentrar muito pra não deixar ele rolar. "Cristina, pensa. Não pra esse, não é adequado". "Cristina pensa. Não agora, não é o momento, impõe respeito". Mas não adianta, na grande enorme maioria quase absoluta das vezes, eu tasco. Putz!

Sou capaz de quebrar o pau com o atendente da NET que só me enrola e mandar beijo no final. Desligo com beijo todas as 820 ligações internas que acontecem no meu trabalho diariamente. Aceito as desculpas de quem liga por engano e devolvo com beijo. Envio relatórios e assino com beijo. Respondo um email com "não me procura mais" e concluo com vários beijos. 

Pra que banalizar o beijo, Cristina? 
Manda menos e dá mais. Pensa.

quinta-feira, 23 de abril de 2009

Baseada em fatos reais

Homem gentil é tudo. Ou quase tudo.

Gentileza básica, mas que faz toda a diferença. Tipo não se atirar na frente de uma mulher quando abre a porta do elevador, acompanhar a amiga até o seu carro depois do happy hour, oferecer a cadeira pra colega na reunião, segurar a porta pra vizinha que vem cheia de compras, enfim, situações cotidianas pra ser gentil não faltam.

Acho bonito isso, presto atenção, me atrai. Homem gentil tem sexy appeal e talvez a maioria deles nem saiba disso. Não que a gentileza salve a mão mole do post anterior, mas é uma qualidade que eu passei a valorizar muito depois da maturidade e com certeza faz parte do processo seletivo de muitas mulheres.

E aí o universo fica pequeno. Porque sobram poucos gentis na medida certa. Tirando os ogros, ainda têm os que confundem gentileza com bananisse. Ser gentil não é deixar a mulher decidir tudo. Nããããão, uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa. Homem que diz o tempo todo "pra mim tanto faz, o que tu preferir", "tu escolhe, pra mim tudo tá bom", "decide, tu que manda" é um saco! Isso não é gentileza. Mulher gosta de homem que inventa, que propõe, que tem opinião própria, que sugere ação e reação. Sem isso, o que fica é uma sensação de mão mole estendida a um corpo mole, por mais gostoso que o banana seja. Dá pra entender?

quinta-feira, 16 de abril de 2009

The music is played for love

Let the music, take your mind
Just release and you will find

I love it, when I love it, I love it.

*

Aperta aqui

Eu odeio aperto de mão mole. Chego a suar frio quando reencontro uma pela frente e não tenho como escapar. Nenhuma saia pode ser mais justa que ter que encarar uma mão dessas e fingir que está tudo bem. Acho que quem tem mão mole não sabe o problema que tem nas mãos, não querendo ser literal.

Não precisa ser linda, mas mão tem que ter atitude. Se é pra pegar, então pega! Não fica no meio do caminho. Ah, e outra coisa: se além de mole, ela for daquelas quentinhas ou geladinhas aí eu me seguro pra não desmaiar. Mão tem que ter temperatura ambiente, faça-me o favor!

Pra mim mão mole precisa fazer terapia, não tem outro jeito.
Ela e eu, que preciso aceitar as mãos dos outros como elas são.

*

quarta-feira, 15 de abril de 2009

Cada um no seu quadrado

Comentei hoje que quero ir ao show da Paula Toller. Teatro, estacionamento, ar condicionado, cadeira fofa, gente perfumada. Bem como eu gosto.

Fui quase vaiada. Atenção: eu sou total anos 8o. Enquanto boa parte da minha "turminha" da agência via o Praga e o Dengue cantando "Quem quer pão" no Xou da Xuxa eu já beijava na boca.

Me deixem.

*

Por Amor

Esse título, por si só, eu já adoro. Se tiver por trás o Manoel Carlos, uma Helena, o Leblon e o Tom Jobim ou o Vinícius de Moraes na trilha sonora, eu A-D-O-R-O mais.

Já peguei o “Por Amor” do Kevin Costner na locadora só porque esse era o título do filme, ou melhor, a tradução. Aliás, não entendo porque as traduções não seguem o título original quando não tem motivo nenhum pra ser diferente.

E agora lá fui eu ver o “Por Amor” da Michelle Pfeiffer e do meu bonitinho Asthon Kutcher. Claro, bati o olho no cartaz e o título piscou pra mim. Mas foi quando li o subtítulo que me apaixonei de verdade. "O espaço entre a ausência e o amor". Trama do filme à parte, essa frase me pegou de jeito. Caramba! O que é isso??? É isso!!! É muito isso!!! 

Levei alguns dias pra ler a sinopse e não desiludir minha fantasia. Aquelas palavras juntas me diziam muito. Podia ter sido escrito por mim. Como não pensei nisso antes? Realmente, entre a história do filme e a minha fantasia não há nenhuma semelhança. Mesmo assim continuo apaixonada pelo tal subtítulo e não paro de pensar nele. E ainda que a ausência e o amor entendam que não podem conviver, o espaço é complicado.

Mas é assim. Os espaços estão aí para serem preenchidos.

A culpa é da vírgula

Nada acontece, por acaso.

*

terça-feira, 14 de abril de 2009

Quero muito

Com uma dessas acho que eu até caso de novo.
Vende pela internet e aceita cartão.

*

segunda-feira, 13 de abril de 2009

Ventos simultâneos

Eu acredito muito em sintonia, em telepatia, em energia convergente.

Tava eu aqui pronta pra escrever um texto que já tinha até um título. "Previsão do tempo". Ia eu fazer uma analogia, mais uma das minhas, sobre algumas coisas que tava sentindo.

Como não me aguento, fui ler um email que acabou de chegar e apitar na minha tela. Algo de alguém muito especial. Ao final, uma frase que simplesmente tem absolutamente tudo a ver, até nas palavras, com o que eu ia escrever. Ia, porque agora nada me parece mais perfeito.

"... bons ventos vão soprar... preste atenção até na brisa..."

*

domingo, 12 de abril de 2009

Chocólatras, sejam bem-vindos

Diria que nos próximos dias, semanas e talvez até meses vale a pena nos fazer uma visita.

Por aqui tem muito chocolate, muito doce de toda espécie. Muito.
E pouca gula, pouca vontade de açúcar no sangue, pouco em comum com a grande maioria das pessoas. Isso mesmo. Tal mãe, tal filha. 

Mas é Páscoa. Tem todo o lado lúdico da coisa. A espera pelo coelhinho, a expectativa, a fantasia e a importância de ter história pra contar. Tem o querer bem, a legenda "você é especial pra mim" e isso é uma delícia. Tem também a beleza das cores, das embalagens, das fitas e o principal, a surpresa que vem dentro. Ovo que não faz barulho ao sacudir, não vale. Então a gente entra no clima, embala no ritual, se prepara e curte como todo mundo. 

Obrigada aos coelhinhos que deixaram por aí algo pra nós. De verdade, nós adoramos!!! Mas se quiser nos visitar... vamos precisar de ajuda.
 

quinta-feira, 9 de abril de 2009

Sinto muito

Não dá pra acreditar em tudo que eu vejo, em tudo que eu ouço, em tudo que eu leio.
Talvez nem em tudo que eu mostro, que eu digo, que eu escrevo.
Mas em tudo que eu sinto, dá. Sempre.

*

quarta-feira, 8 de abril de 2009

Manhã complexa

Sim, eu sou uma mãe que conversa, tenta entender e explica. Mas confesso, as vezes, no meio da correria, com os braços carregados de bolsa, mochila da escola, boneca, atrasada e passando o gloss me olhando no espelho do elevador, é complicado.

Ela tá deslumbrada com uma das várias bonecas que ganhou de aniversário. A Lola, do desenho "Charlie e Lola" do Discovery Kids, o preferido dela e o meu também. Dorme com a Lola, acorda com a Lola, come com a Lola, vai à escola com a Lola.

Hoje, depois do debate do "6 anos", ela me disse que amou tanto a Lola que até quando ela for pro céu a Lola vai junto. Ai, o que se diz numa hora dessas, quando há dez minutos atrás eu já devia estar ligando meu computador na agência?

E ela continuou. Preocupada com os outros brinquedos que pelo visto ela não pensa em levar junto com a Lola, perguntou quem vai morar na nossa casa quando nós duas formos pro céu.

Bem, a única coisa que me saiu na hora, foi: ninguém! Já quase dando ré pra sair da garagem...
Ela respirou aliviada e disse: Entendi, mãe. Tu vai levar a chave de casa com a gente e a Lola!

*

Chegou a hora (de novo) de apagar a velinha!

Que eu sou apaixonada pela minha filha, todo mundo sabe. Toda mãe é.
Mas que eu sou apaixonada pelos diálogos dela... tá, todo mundo sabe também.

No domingo ela fez 5 anos. Linda! Quase impossível pra mim aceitar com naturalidade que ela é praticamente uma pré-adolescente e daqui a pouco tempo (pelo tamanho dela, eu diria muito pouco) vamos estar trocando modelitos (então não estranhe se qualquer hora me encontrar desfilando por aí com um vestidinho dos Backyardigans).

Comemoração em casa, só entre nós. A nossa família, o melhor amigo, a mãe do melhor amigo e amiga da melhor mãe (eu), a melhor tia emprestada e a maior alegria! Cachorro quente, docinhos e nega maluca que ela adora. Amanhã é a festinha oficial, com os colegas de escola no parquinho do shopping. Tudo organizado, com direito a microônibus para buscar e devolver a turma na escola, decoração de princesas, convites, lembrancinhas e tudo que uma festinha que se preze deve ter.

Hoje ela me perguntou se eu já tinha comprado "a vela do 6".
- Por que minha filha? Não é a "vela do 6" é a "vela do 5".
- É do 6, mãe! Amanhã eu faço 6 anos!
- Não meu amor, tu fez 5, é o mesmo aniversário.
- Mas mããããããããe, eu fiz 5 no domingo, agora é 6!!!!!!!! Tu não sabe que depois do 5 vem o 6???

Juro, tentei explicar, mas ela não entendeu. Tava cheia de convicção, não sei a quem ela puxou. Como alguém pode fazer o mesmo "ano" duas vezes???
Mais tarde tentei retomar o assunto pra evitar decepção ou confusão amanhã quando ela encontrar "a vela do 5" no bolo. Assunto encerrado pra ela. Eu que tô gagá e não sei que depois do 5 não vem o 5 de novo.

terça-feira, 7 de abril de 2009

É matemático

Pra que mesmo eu tenho um blog?
Ah, pra escrever sempre que eu tiver com vontade de dividir alguma coisa, nem que seja comigo mesma.
Assunto não me falta. Tem é me faltado vontade de dividir. 
Ando mais pra somar ou subtrair.

*